Como lidar com pessoas — Insights do livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas
A busca pelo conhecimento formal é uma constante na vida profissional. Algumas pessoas optam por estudar matemática, outras literatura, química ou física. Porém poucas se propõem a estudar a habilidade de lidar com pessoas.
A busca pelo conhecimento formal é uma constante na vida profissional. Algumas pessoas optam por estudar matemática, outras literatura, química ou física. Porém poucas se propõem a estudar a habilidade de lidar com pessoas.
A compreensão da importância de desenvolver habilidades pessoais acontece com a reflexão de situações recorrentes da vida pessoal, acadêmica e profissional.
Já reparou que no final de um curso, nem sempre o melhor aluno — que tira as melhores notas e é geralmente mais introvertido — é quem consegue o melhor emprego? Muitas vezes é o que tem desempenho pior, mas que sabe lidar com pessoas, quem alcança posições de destaque no mercado de trabalho.
Lidar com gente transcende o ambiente acadêmico e profissional, atinge relacionamentos familiares, amorosos e até quem ainda não se conhece. A seguir serão compartilhados ensinamentos valiosos: insights do livro ‘Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas’ de Dale Carnegie, que poderão ser usados sempre que for interagir com pessoas.
Transforme Críticas em Incentivos
A tendência de criticar, condenar ou reclamar diante de situações desafiadoras é natural quando convivemos com seres humanos. Mas será que isso funciona mesmo?
A crítica raramente resolve questões de relacionamento humano, mas ela sempre afeta o orgulho daquele que é atingido. Humanos têm a necessidade intrínseca de se sentirem importantes, por isso quando recebem reclamações costumam se sentir com raiva e guardar rancor daquele que o criticou.
Já o reconhecimento positivo das qualidades do próximo pode gerar mudanças significativas. Assim como ficam furiosas com críticas, elas ficam radiantes quando recebem elogios.
O poder do reconhecimento autêntico
É difícil encontrar alguém que desempenhe melhor as suas funções, quando está sob críticas constantes. Como colocado antes, mesmo cometendo erros, o normal é que a pessoa fique furiosa. Charles Schwab dizia: ‘Nada diminui mais as ambições de uma pessoa do que críticas de seus superiores. Acredito no poder do incentivo e anseio por oportunidades de elogiar, evitando apontar defeitos.’
No entanto, o reconhecimento positivo precisa ser genuíno. Enquanto a bajulação brota da superficialidade, revelando egoísmo, o incentivo autêntico brota do coração e demonstra generosidade.
A arte de despertar interesses genuínos
Carnegie ilustra este conceito com uma analogia perspicaz sobre pesca:
No verão costumo pescar no estado do Maine. Pessoalmente, adoro morangos com creme, mas peixes preferem minhocas. Assim, quando saio para pescar, não penso no que eu quero, mas no que eles querem. Por isso não coloco morangos com creme no anzol. Balanço uma minhoca ou um gafanhoto na frente do peixe e pergunto: Quer dar uma mordidinha?
Com isto, vem a reflexão: será que nos relacionamentos interpessoais as pessoas estão concentradas no interesse do outro? Ou só estão focadas naquilo que elas mesmas querem?
Entendendo que as ações humanas são motivadas por desejos intrínsecos, é possível despertar mudanças em quem está perto.
Por isso, antes de iniciar uma conversa importante, é preciso pensar: o que a pessoa anseia ouvir que tornaria a negociação mais fácil?
Por exemplo, ao solicitar a revisão de um relatório a um colega, pode-se destacar como a experiência dele agregará valor ao trabalho e possivelmente trará reconhecimento à equipe.
Conclusão
- A substituição de críticas e reclamações pelo reconhecimento positivo das qualidades do próximo é fundamental.
- O cultivo da prática do elogio sincero deve evitar a bajulação superficial que pode prejudicar relacionamentos.
- A inspiração de desejos genuínos nas pessoas ocorre pelo alinhamento de propostas aos seus interesses.